terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ilhas de Riso: O hipocondríaco em Outeiro (por Alessandra Nogueira)

E lá vamos nós outra vez. É minha gente, começamos outra caravana. Agora é “Ilhas de Riso”.
Vem de novo aquela sensação que deve ser ancestral de viajante, de trupe mambembe como nossos antigos amigos de rua, de arte. Atores que caminhavam por todos os cantos levando arte, alegria e boas energias para aqueles que se deixavam fisgar pelos braços do teatro.
Ser palhaço, então, é levar tudo em dobro. Será? Ou é pensamento metido de palhaço? Rsrsrsrsrsrsrs.
Mas voltando à caravana...
Primeira ilha: OUTEIRO
Arrumar as coisas, pegar o ônibus, seguir estrada... gargalhadas, comidinhas e mais gargalhadas. Passamos pela ponte. Estamos chegando.
Na chegada os olhares curiosos, dos dois lados. Olhar o lugar, as pessoas... Começar
Nosso grito: Palhaços Trovadores, oi, oi, oiiiiiiiiiiiiiii. Bater as mãos desejando meeeeeeeerda.
Que emoção poder levar gargalhadas, arte e brilho aos olhos das crianças, mães, avós, vizinhos, comadres... GENTE.
Foi lindo. As lágrimas me vieram aos olhos já no finalzinho do espetáculo. Quem sabe se aquelas pessoas já haviam visto teatro? E será que vão continuar vendo? No final isso não é o mais importante. Causa emoção pensar nisso, mas não é o mais importante. O que vale no fim, é o instante em que tudo acontece. A suspensão do tempo, onde nem um de nós está no comum. É outra coisa. Cada um sabe o que representa esse instante. Esse suspiro.
Como diz a música final: ...”vida de artista é assim...” E é mesmo.
Vamos lá então com mais emoção, poesia e riso.

Alessandra Nogueira - Palhaça Neguinha

2 comentários:

  1. que lindo Alessandra... a emoção que vc descreve por esse trabalho, pelo retorno do público é contagiante... parabéns!

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  2. Cara Suani,
    Promessa feita e cumprida!
    Este é mais um relato dos fazedores teatrais de rua que fará parte de nosso acervo. Continuem escrevendo e descrevendo sensações, lugares, gentes, experiências. É essa a a matéria-prima dessa criação coletiva que é o teatro de rua do Brasil.
    E parabéns à relatora Alessandra. Agora sugiro que todos os do grupo também escrevam algo, quem sabe sobre o que veio (ou virá) depois do espetáculo. Reflexões, ideias...
    Até mais ver e um forte abraço a vc e ao grupo!
    Jussara Trindade
    (enviado a mim por email)

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